quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

dito

Tanta coisa eu tinha pra dizer, quando você saiu.

Eu precisava te falar em como você me fez pensar nas coisas mais simples que podemos ter; como o sorriso da manhã depois da espreguiçada preguiçosa e esticada na cama, ao teu lado.
Precisava concordar com você quando diz que sou chata, mas que eu mudo isso, tudo bem... Passo a ser até mais otimista.

Naquele dia, quando você saiu, eu mal pude sentir bater a saudade, porque ela já estava aqui.
Eu queria te dizer que você se tornou peça fundamental do quebra-cabeça; peça da quina, do cantinho, daquelas gostosas de encaixar.

Eu queria explicar todas as minhas bobagens e inseguranças, antes de remexer motivos fúteis.
Queria te pedir pra me deixar certa e confiante, antes de remexer motivos fúteis.

E de repente, tudo o que eu queria te dizer se embolou na voz engrolada, no choro contido.
E aí agora, me diga você; con'fiança paga, libera do erro?

A sorte é que te gostei de verdade, lá do fundinho do peito.
Ou azar meu, vá saber.
Fato é que preenchi uma parte que tava faltando, mesmo que com alguma coisa nenhuma.
E o conforto é que sei que você saiu, pra voltar.
Mesmo que pelos motivos mais óbvios.
Mas ainda assim, foi ( , ) pra voltar.
Seu lugar.

Um comentário:

  1. Estranho como não faz mesmo mais sentido...
    É lindo, mas fica até estranho, quando pensado em vc...

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